A marca Walita, fundada em 1939 por Waldemar e Lita (na junção das palavras, Walita), e comprada em 1971 pela holandesa Philips, é um dos principais players do mercado de eletroeletrônicos do país. Os holandeses compraram a Walita, mas nunca se desfizeram do seu nome. “Há uma tradição, todo mundo conhece a marca, porque a avó falou para mãe e a mãe falou para o consumidor atual”, disse Fernando Bueno, CEO Latam da Philips Walita.
Ele também falou que nos últimos anos a Philips Walita “renasceu, como uma fênix”, e que, para dar conta do crescimento acelerado, está investindo em várias frentes, entre elas, a expansão da fábrica. “Estamos crescendo de maneira acelerada, então a fábrica será expandida”, afirmou. A ampliação vem na esteira de desempenho em vendas. “Crescemos acima dos 50% no ano ado e este ano a expectativa está em torno dos 50%.”
Segundo ele, a previsão é que entre 2026 e 2027 tudo esteja pronto, desde a execução das obras até o início da produção de novos produtos. A fábrica fica em Varginha (MG) possui atualmente 40 mil metros quadrados – e está em operação desde 1999.
O CEO não respondeu sobre o tamanho da expansão e nem o valor dos investimentos. O movimento marca um novo momento da operação nacional, com ampliação da capacidade produtiva, adoção de tecnologias e ganho de eficiência. “Não somos só uma marca de AirFryers”, disse. A empresa investe para atender à alta demanda e preparar o terreno para uma nova onda de lançamentos. Bueno, considera que a ampliação permitirá maior agilidade no desenvolvimento de produtos e mais competitividade, pois hoje parte do que é vendido no Brasil ainda vem de fora.
De acordo com o CEO, desde 2022, a empresa vem ganhando market share em categorias como fritadeiras, aspiradores e liquidificadores, e ampliando presença em marketplaces e grandes redes físicas. “Na categoria de cafeteiras temos mais de 80% de share no mercado”, disse. A modernização do portfólio e o foco em inovação têm sido centrais para esse avanço. “Crescemos de forma estruturada, ouvindo o cliente e entregando mais tecnologia e desempenho”, afirmou. O aumento da capacidade fabril também vem para garantir previsibilidade às operações e estabilidade na produção, sobretudo em momentos de pico de demanda, como datas promocionais e sazonalidades.
Como parte da estratégia de crescimento, a Philips Walita planeja o lançamento de dez produtos ao longo de 2025. Entre os destaques estão novas linhas de airfryers, um modelo de aspirador de pó e fornos, por exemplo, com foco em design moderno, tecnologia embarcada e eficiência energética. A diversificação do portfólio tem como objetivo ampliar o tíquete médio por cliente e gerar novas oportunidades de recompra. “Estamos colocando no mercado soluções mais completas, com foco na experiência e na usabilidade”, disse o CEO. A estratégia também mira consumidores mais exigentes, conectados e dispostos a investir em funcionalidade.
Bueno disse que a expectativa de crescimento da Philips Walita em 2025 deve ser alavancada pela expansão entrada de novos produtos – ele vê em uma redução leve em relação ao faturamento do ano ado, muito em razão do cenário macroeconômico, mas não abriu os números. A meta deste ano é sustentada por resultados recentes que mostram tração nas vendas e boa aceitação das inovações lançadas, além de abertura de novos mercados no Sul do país, por exemplo, no varejo físico.
“Há bastante espaço ainda e estamos perseguindo isso”, disse. Segundo Bueno, o plano é crescer com consistência, mantendo rentabilidade e ampliando o impacto da operação local no desempenho global da marca. “O Brasil faz parte do que a gente chama, de ‘os 13 mercados principais da Philips Walita’”, afirmou. A marca, no Brasil, cresceu “muito mais do que o mercado e bem além da média global.”
Apesar do cenário positivo para a Philips Walita, Fernando Bueno reconhece que 2025 deve ser mais um ano desafiador para o varejo como um todo. O ambiente macroeconômico ainda é marcado por juros altos, inflação resistente e endividamento elevado das famílias, o que impõe cautela no consumo. “O consumidor está mais seletivo.” O CEO ressaltou que os juros altos recaem sobre o varejista porque a relação dele com os bancos fica prejudicada. “Aquela época em que o varejista tinha estoque por meses para poder aguentar os picos de vendas, não acho que a gente vai viver isso em 2025.”
Com informações de Agência DCNews
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