A Iguatemi S.A. firmou nesta quarta-feira, 18, um memorando de entendimentos vinculante com a Brookfield para a aquisição de participação majoritária em dois dos principais empreendimentos comerciais de São Paulo: os shoppings Pátio Paulista e Higienópolis. O investimento total previsto é de R$ 2,58 bilhões, com condições de pagamento que incluem 70% do valor à vista e o restante em parcelas anuais corrigidas pelo CDI.
Em fato relevante enviado à CVM, a companhia informou que a operação inclui a aquisição de 60% do condomínio principal do Shopping Pátio Paulista, 44,17% de sua expansão e 50,1% do empreendimento principal e da expansão do Shopping Pátio Higienópolis.
A estimativa é de que o investimento alcance uma Taxa Interna de Retorno (TIR) nominal de 17% ao ano e uma TIR real de 12,9%, com um cap rate inicial de 7,4% baseado no resultado operacional de 2025.
A transação será realizada em parceria com o Fundo BB Malls, gerido pela BB Gestão de Recursos, que comprometeu um aporte de R$ 800 milhões. A Iguatemi também mantém memorandos de entendimento não vinculantes com outras instituições financeiras, como XP Vista Asset Management, Capitânia Capital e BTG Pactual, para possíveis colaborações na operação.
A conclusão do negócio depende da aprovação do Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade), além da de documentos definitivos e outras condições usuais para operações do tipo. A data limite para a formalização dos contratos é 30 de janeiro de 2025.
“A conclusão da negociação do Pátio Higienópolis e Pátio Paulista não foi surpresa, desde que a Iguatemi obteve a prioridade para a compra o mercado já esperava por isso”, afirma Luiz Alberto Marinho, CEO da Gouvêa Malls.
Tendência do setor
A expansão do portfólio da Iguatemi reflete uma tendência do setor, que prioriza ativos de maior relevância para atender às demandas de lojistas cada vez mais exigentes por
“Por trás desse movimento está uma tendência poderosa, que é a crescente importância, para as redes líderes do setor, de contar com ativos de alto desempenho para fortalecer as negociações com os melhores lojistas, que estão mais empoderados. Isso também permite impulsionar negócios de mídia com anunciantes mais pesados”, destaca Marinho.
O especialista lembra que compra recente do Rio Sul, no Rio de Janeiro, mostra que a companhia deu um bom upgrade no portfólio. “Em um mercado onde lojistas e consumidores estão cada vez mais exigentes, investir em empreendimentos dominantes é essencial para manter a competitividade e gerar valor tanto para marcas parceiras quanto para investidores.
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