Varejo sergipano atinge 14 meses de quedas nas vendas, diz pesquisa 2f1d5

Os resultados apresentados pelo IBGE na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio-SE) apresentaram nova queda no volume de vendas do comércio varejista sergipano. O mês de setembro, foi marcado por uma queda de -12.9% no total de produtos vendidos para a população consumidora, em relação ao mesmo mês do ano ado.

Com o apontamento do resultado de setembro, a preocupação volta a se posicionar nas empresas do comércio local, pois havia uma expectativa de melhora nas vendas, o que não aconteceu. Tanto o varejo , como o ampliado apontaram novas setas negativas. Setembro marca o décimo quarto mês seguido de baixa nas vendas do comércio varejista ampliado em Sergipe, o que mostra a perda de fôlego do comércio local, com a redução de receita provocada pela baixa nas vendas.

Desde julho de 2015 que o comércio varejista ampliado de Sergipe está sob efeito das inconsistências da crise econômica, que tem retirado recursos das famílias, e por consequência das empresas locais. O volume de vendas do varejo entre agosto e setembro apontou queda de -1,4%, com variação de receita nominal em 0%. Contudo, utilizando o parâmetro comparativo relacionado ao ano anterior, o comércio apontou queda de -9,4%, com queda de receita em -1,5% e o ampliado -12.9% de vendas, com -4.8% de receita auferida nominalmente.

A queda acumulada no ano de 2016 apontada pelo IBGE é de -12.3% nas vendas do comércio , e de -15,2% no varejo ampliado. Já o período de acúmulo dos últimos 12 meses das vendas do comércio mostra a queda de -11.7% no comércio e -16% no ampliado, nos meses corridos entre setembro de 2015 e setembro deste ano.

Comparando o volume de vendas tanto do varejo como do varejo ampliado, verificamos que o comércio varejista ampliado segue uma trajetória de recuperação a partir de julho, com um recuo em setembro, não significando ainda uma ruptura na recuperação, cabe ainda aguardar os próximos meses. A recuperação, mesmo que tímida, se iniciou depois de junho, quando houve a queda de -17.3%, a maior do ano, no volume de vendas. Nenhum dos índices mensais apontou queda inferior a 10%.

O presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira, lembrou que o comércio varejista sergipano já tenta, mesmo que em queda, mostrar recuperação. Ele lembrou que os meses de julho, agosto e setembro já foram melhores que junho, mas que a recuperação ainda é uma incógnita.

“Sergipe já está sentindo os reflexos da crise econômica em seu varejo há 14 meses seguidos, isso ainda é um entrave na economia local. Espero que no período natalino, as vendas tenham uma recuperação, com a injeção de novos recursos do 13º salário no comércio, para estimular as vendas e, de forma consequente a recuperação de empregos para trabalhadores do comércio. A continuidade do enfraquecimento do mercado de trabalho e a restrição nas concessões de crédito continuam prejudicando o desempenho do consumo dos sergipanos”, comentou.

*Com informações da Fecomércio

Sair da versão mobile