A Uber e o iFood anunciaram nesta terça-feira, 14, uma parceria no Brasil que permitirá a integração de seus serviços nos respectivos aplicativos. Com a novidade, usuários do iFood poderão solicitar corridas da Uber sem sair do app de delivery, enquanto clientes da Uber terão o às opções de entrega do iFood diretamente no app de mobilidade.
A integração começa a ser implantada em cidades selecionadas no segundo semestre e será expandida para todo o País nos meses seguintes. A proposta é facilitar o cotidiano dos consumidores ao concentrar serviços essenciais em uma só plataforma, economizando tempo e aumentando a conveniência.
“Hoje, apenas metade dos usuários utilizam as duas plataformas com frequência. Essa parceria representa mais um o importante na nossa missão de ajudar as pessoas a se movimentarem e arem o que precisam com um toque”, disse Dara Khosrowshahi, CEO da Uber.
No app da Uber, a nova aba de Delivery trará as opções de restaurantes, mercados, farmácias e conveniência do iFood. Já no app do iFood, uma aba de Mobilidade permitirá solicitar viagens com a Uber de forma simples e rápida.
Para Diego Barreto, CEO do iFood, a iniciativa une forças para beneficiar consumidores, entregadores e motoristas. “Acreditamos que essa parceria vai impulsionar pedidos aos nossos parceiros e ampliar a geração de renda, além de simplificar o o a serviços essenciais em um só ambiente digital”, afirmou.
A parceria não altera os serviços de entrega da Uber voltados para empresas (Uber Direct) nem o Uber Flash, voltado ao envio de pacotes. No iFood, os serviços logísticos, incluindo o modelo “Sob Demanda” para empresas de dentro e fora da plataforma, seguem funcionando normalmente.
Os programas de Uber One e Clube iFood continuam independentes, mas as empresas estudam futuras sinergias entre os dois.
Setor movimetado
A parceria ocorre em um momento em que outras plataformas de delivery têm investido para ganhar mercado. A Rappi zerou as taxas que cobra de restaurantes no Brasil por três anos. Além disso, a empresa vai investir R$ 1,4 bilhão no Brasil.
“O Rappi não está contente com os resultados que trouxe até agora na vertical de restaurantes no Brasil”, ite o CEO da Rappi Brasil, Felipe Criniti, em entrevista à Mercado&Consumo. “Nosso objetivo é fomentar o mercado, trazendo uma oferta mais atrativa para restaurantes versus o que vinha sendo oferecido.”
De acordo com Criniti, as taxas zeradas pelo Rappi serão as de intermediação e de entrega. Os restaurantes permanecerão pagando as taxas de adquirência, de 3,5%, para as empresas que processam os pagamentos.
A chegada da Meituan no Brasil também deve estimular o setor de delivery. Líder no mercado de entregas na China, a empresa anunciou um investimento de R$ 5,6 bilhões, em cinco anos. Segundo dados do governo, a estimativa de é geração de 100 mil empregos indiretos, além da instalação de uma central de atendimento no Nordeste, com 3 mil a 4 mil empregos diretos. No Brasil, a empresa vai usar a marca Keeta, bandeira sob a qual já opera em Hong Kong e na Arábia Saudita
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