Uma a cada quatro operações bancárias já é feita por meio do telefone celular no Brasil. É o que mostra a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária divulgada nesta quarta, 11, no Febraban Tech, evento de tecnologia e inovação do setor financeiro que é realizado essa semana em São Paulo. A pesquisa foi feita com 17 bancos que representam 80% dos ativos bancários do País.
O total de transações feitas em 2024 ou, pela primeira vez, de 200 bilhões. O número representa o dobro que foi registrado cinco anos atrás. O grande fator desse crescimento, segundo Rodrigo Mulinari, diretor responsável pela Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, foi justamente o aumento do uso do mobile, ou do celular, nas operações.
“O mobile representa hoje 75% de todas as operações bancárias feitas no Brasil. Além disso, o usuário usa o mobile mais vezes”, disse. O chamado “heavy ” do mobile, ou seja, aquele mais adepto ao uso do celular em operações bancárias, faz, em média, 55 transações mensais. No ano ado, a média era de 48 transações por mês.
Crescimento do Pix 6y2132
O celular é usado, segundo Mulinari, tanto em transações com movimentação financeira quanto naquelas sem movimentação. Mas aquelas com movimentação crescem mais do que as consultas. As empresas também têm cada vez mais lançado mão do celular para operações bancárias, movimento que é muito puxado pelo MEI (microempreendedor individual).
O Pix continua registrando forte crescimento, tanto no mobile quanto no internet banking. Há, de acordo com a pesquisa, uma redução no uso do cartão de débito por conta justamente da migração para o Pix. Os usuários que mais usam chegam a fazer 30 transações de Pix por mês. Já o uso do cartão de crédito continua em crescimento. Da mesma forma, pagamentos por aproximação estão em alta, segundo a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária.
Celular como canal de compra 54r5i
O celular tem se consolidado também como principal canal de compras para os brasileiros das classes D e E: 49% das aquisições feitas por esse público já acontecem pelo dispositivo, superando a média nacional de 46%. O comportamento acompanha uma tendência mais ampla de expansão no consumo.
Segundo a pesquisa “Brasil Invisível: Insights sobre o consumidor de baixa renda”, 59% dos brasileiros com renda de até dois salários mínimos afirmam que devem aumentar os gastos em 2025, o maior percentual entre todas as faixas sociais. Apenas 6% pretendem reduzir suas despesas, evidenciando um momento de confiança e desejo de inclusão no mercado.
Conduzido pela Data-Makers em parceria com a ONG Gerando Falcões e a ESPM, o levantamento ouviu mais de 2.400 pessoas entre abril e maio deste ano, sendo 1.331 das classes D e E, em uma amostra representativa de todas as regiões do País.
Imagem: Envato